quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pequeno relato sobre a simplicidade...

(retirado do meu diário pessoal...)


Todo sorriso sincero é luz.
Luz forte, capaz de iluminar qualquer escuridão por mais vasta e profunda que seja.


. Sol ri!


Patrocínio, quarta-feira,25 de novembro de 2009 19:06

Uma das coisas boas do horário de verão é contemplar o sol por algum tempo a mais.
Às vezes corro tanto e me preocupo tanto com questões de convivência que me esqueço que posso parar o tempo para observar a simplicidade.
Gosto muito do modo como as coisas belas me encantam, e gosto mais ainda das coisas belas acontecerem todos dias, independente do que acontece no mundo, se tornando quase imperceptíveis a olho nu de tão rotineiras. O por do sol, um espetáculo absolutamente lindo e fascinante, acaba por se tornar um hábito do dia, irrelevante à nossa correria.
Hoje, o sentimento de paixão pela vida foi arrebatador. Me fez parar tudo e contemplar fascinada o sol se pondo na minha varanda, especialmente belo, como se tivesse se pondo da forma mais linda especialmente para mim. Por alguns minutos, sensivelmente mais longos pela intensidade do momento, tudo ficou alheio, fomos só o Sol, o Céu e eu.
Enquanto contemplava o espetáculo, senti meus olhos brilhando tanto quanto o sol. Um sentimento de gratidão avassalador brotou de dentro de mim, lavou meus olhos... lágrimas de emoção incontida, que tornaram o momento mais mágico: elas fragmentaram o brilho do rei em um arco íris, dentro dos meus olhos.
Vejo o sol se terminar por hoje enquanto escrevo... imagino como ele deve estar ansioso para ir contemplar as belezas do outro lado do planeta e anunciar a outros corações pulsantes um novo dia, um novo presente!
O sol está agora colorindo o céu e as nuvens de laranja, sorrindo pra mim e dizendo que não está indo embora, mas sim, me trazendo a lua de presente.
Ele está tranqüilo, assim como eu, certo de que não importa o que eu faça ou o que aconteça amanhã, logo cedo, ele estará aqui “sorrindo” no meu canto outra vez...
* Ana Victória Pimentel

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mais um pouco de saudade...


Trecho extraído do meu diário pessoal:


Patrocínio, terça-feira, 22 de setembro de 2009 01:36

(...)

...me vieram à tona alguns pensamentos, algumas breves considerações que eu preciso exteriorizar e registrar.
Existem tipos diferentes de saudade... Tem saudade que dói. Vem acompanhada de solidão, de vazio, daquela angústia por algo que se deseja muito e não está mais ao alcance, que ficou perdido, se quebrou ou se rompeu em algum momento da história. É causada por coisas bruscas, tristes, inesperadas. É quase uma desilusão...
Tem saudade feliz que eu chamo de lembrança. Pra mim é quando me lembro de coisas que foram inigualavelmente boas, que começaram e terminaram bem... são aquelas para as quais se atribui aquela frase: “Isso vai deixar saudade”. Sou capaz de passar horas viajando por essas lembranças e experimentando de novo as mesmas sensações. Essa saudade traz alegria, é gostosa de sentir. Vejo sempre essa saudade em roda de amigos antigos, quando contam casos e riem, revivendo cada momento. Arrisco dizer que é prazerosa.
E por último tem saudade que é falta. Quando escuto alguma música que me lembra alguém e me faz querer essa pessoa por perto. Ou quando sinto um cheiro que me lembra um lugar e me faz querer estar lá... Talvez um meio termo entre os outros dois tipos de saudade que sinto, essa “saudade - falta” não tenta me enlouquecer e também não me faz sorrir com leveza. É saudade de momento, é tristeza e só! Tristeza porque sofro com a falta do que sinto, mas que se resolve com um simples telefonema para alguém ou com um álbum de fotografias de um lugar.
(...)


Saudade está onde deixamos nosso coração.


Ana Victória Pimentel


Obs: Um agradecimento especial pro meu primo íntimo, irmão postiço, companheiro de misto e de desabafo na ladeira, Tiago Pimentel. Obrigada pelos conselhos e pela melhor conversa dos últimos tempos. Cada palavra foi importante... elas soaram profundo e acalmaram minha alma. Te desejo de todo coração, com todo meu carinho, toda boa sorte do mundo, em tudo! Muito obrigada! Eu amo você!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mais uma reflexão...


Gosto muito de metáforas! Acho que a metáfora é uma forma fácil e poética de compreensão das coisas, às vezes bem complexas.
Semana passada, em uma noite dessas, estava esperando o sono chegar e pensando na vida e nas pessoas e me lembrei da "metáfora da cebola". É uma historinha interessante, simples como toda boa metáfora deve ser. Resumidamente:

As cebolas possuem camadas. Elas não são simplesmente "cebolas", mas a união de cada uma das suas camadas. Uma camada sozinha não é cebola...precisa de cada uma de suas partes para ser o que é. Existem camadas mais grossas, que garantem a qualidade da estrutura, e outras mais finas que, não menos importantes, apuram o sabor da cebola. Todas as camadas envolvem um vácuo, que é a essência da cebola... um espaço vago para formação de mais e mais camadas, de dentro para fora.
Nós também possuímos camadas. Assim como a cebola, a nossa essência nos indica o que amamos e, então, fazemos com que aquilo se torne parte de nós. Nos cercamos daquilo que amamos, e somos acolhidos e protegidos pelas camadas que criamos, de dentro para fora.

Comecei a me lembrar das minhas camadas, das coisas que reforçam a minha estrutura e me acolhem quando preciso. Minha família, meus amigos, pessoas que passaram pela minha vida e deixaram aqui suas marcas, as lições que aprendi, os momentos que eternizei na memória... tudo isso me apóia, me incentiva e me permite descobrir e criar mais camadas.
Quando sinto saudade, é só passear procurar em mim que encontro cada um desses "pedaços".
Passeando pela saudade, encontro marcas de algumas partes que foram cortadas...
Pedaços que começaram a se formar mas que não quiseram ficar, que pereceram e precisaram ser cortados.Lágrimas são inevitáveis quando se corta uma cebola!
Também encontro pedaços saborosos que me arrancam sorrisos e suspiros. Ingredientes fundamentais de deliciosas receitas, incomparáveis!
É naquilo que me cerca que busco forças para as escolhas e desafios que me aguardam. Sou muito grata ao que me sustenta. Benção divina!
Confesso que estou um pouco perdida e um pouco confusa, e que às vezes fica difícil ser otimista, mas aí me lembro que sou camada da vida e que tenho minha parte a cuprir. Seguir em frente não é só uma necessidade, mas também um dever.
Seja lá qual for a próxima camada, será bem vinda!

Obs: essa metaforazinha eu ouvi de um amigo, que embora esteja um pouco distante (em todos os sentidos) é muito querido!! Qualquer dia desses a gente toma suco de uva com uva dentro e atualiza as histórias... Abraço forte e saudoso! Esteja feliz =)

domingo, 13 de setembro de 2009

a TODOS os meus amigos


Estive pensando no modo como as pessoas entram e saem da minha vida...
Algumas aparecem e em questão de pouco tempo conquistam um grande espaço na minha vida, outras gastam anos e anos de convivência e deixam poucas marcas, pra não dizer nenhuma. A viagem do feriado me fez pensar sobre isso, no valor que as pessoas tem na minha vida e em como existem diferentes formas de afinidade. É curioso sentir saudade de pessoas quase desconhecidas só porque compartilhamos bons e curtos momentos juntos...
Me fez pensar também nas minhas relações de amizades de longa data, definitivamente não há nada melhor na vida do que ter amigos!
Tem uma frase, atribuída ao meu grande ídolo Vinícius de Moraes, que conclui essa minha reflexão: " ... A gente não faz amigos, reconhece-os."
É mais ou menos por aí!

"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devotoe a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabemque estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí,e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.Se todos eles morrerem, eu desabo!Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam - ou talvez nunca vão saber -que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os."

Vinícius de Moraes

Um abraço apertado a todos os meus queridos amigos!

domingo, 30 de agosto de 2009

Nostalgia



Foram dias difíceis estes de transformação.
Nostalgia é comum em tempos de mudança.
Sentir saudade de bons tempos, uma sensação que faz lembrar dos momentos mais gostosos e felizes, e ficar viajando no pensamento...
Sinto falta de ter com quem compartilhar meus sorrisos, beijos e abraços, mas às vezes também sinto medo de machucar mais uma vez o coração.
Sinto falta do "universo paralelo" de quinta-feira, da leveza dos dias, de apreciar o por do sol... sinto falta dos amigos que estão longe, de situações engraçadas, de momentos de impulso, de dias de chuva, de gostar de ficar à toa, de viajar com a cabeça vazia, só curtindo a estrada! Tenho saudade de quando minha família estava mais próxima, da minha infância, das brincadeiras no quintal, das brincadeiras na rua, da "penca" de primos! Saudade do pudim que meu pai faz e do cheiro de bolo assando que a casa da minha avó tem aos sábados. Estou com saudade desse sossego, dessas coisas todas, tão simples e tão valiosas!
Sinto falta, mesmo sabendo que ainda vou vivenciar incontáveis momentos que, como estes, vão me deixar com essa mesma saudadezinha branda. Sinto falta porque estes momentos já aconteceram, já tiveram o seu tempo (e existem nele!), viraram memória. Amo muito cada minuto, cada segundo disso tudo!
Sei que as coisas vão continuar mudando, e eu vou continuar sentindo saudade ao mesmo passo que vou continuar desejando coisas novas, me satisfazendo com algumas coisas e descobrindo que de outras coisas eu já não gosto...
Na vida, nenhum dia é igual a outro!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Amanhã apaixone-se

Tenho como lema o seguinte: apaixone-se diariamente por tudo que te faz bem.
Me dedico com paixão às coisas com que me comprometo e os resultados são sempre bons. A paixão exige dedicação, doação, ela deixa as coisas mais intensas.
A paixão pelo dia, seja por algo que tenho a fazer, por um gesto, por uma situação, por coisas simples ou complexas, dão uma graça simples, gostosa demais pra vida.
Funciona como o vídeo explica: "apaixonar-se é um exercício de jardinagem..."
É uma coisinha simples, para alguns até boba, mas que me rende sensações inexplicáveis!
Portanto, apaixone-se diariamente por tudo aquilo que te faz bem!

=D

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Não esquenta bicho...


Existem muitas coisas que são aparentemente inexplicáveis. Muitas vezes, as explicações não existem porque se trata do desconhecido. É bom que seja assim, eu enlouqueceria tentando descobrir o que há além do fundo azul da noite por exemplo. Aquela "azulidão" atrás das estrelas à noite, lá onde a luz não alcança. Uma resposta que ninguém tem e está bom, deixa assim como está. Basicamente, o que eu quero dizer é que eu não preciso saber exatamente o que é aquele fundo azul para achar a noite linda!
Tem muita coisa que acontece na minha vida, para as quais eu não acho a menor explicação possível... mas aí o tempo passa, novas coisas acontecem e eu vejo que mesmo sem entender o porque, tudo foi necessário. E não tem jeito mesmo, por mais que seja difícil colocar em prática, ter paciência é sempre o melhor remédio. Tudo tem seu tempo...
O negócio é mesmo não esquentar a cabeça e deixar as coisas aconteceram naturalmente. Eu acredito, por experiência, que só acontece o que de melhor tem pra acontecer.
Venho correndo atrás das coisas que eu quero, das coisas que me emocionam, sem tentar prever nada, mas confiando no meu esforço e cultivando as melhores expectativas sempre.
A emoção de conseguir algo que não tinha chance alguma de dar certo é muito gostosa. Ainda que seja só o primeiro passo de muitos, qualquer conquista sempre nos abre os olhos para enxergarmos do que somos mesmo capazes e nos revela novos horizontes, novas metas.
Pensei sobre isso hoje depois de ver uma pessoa (muito próxima por sinal) afirmar toda cheia de si que estava com raiva de tudo e de todos, e brigar para permacener com raiva de tudo e de todos. Ok, então bate a mão no peito e grita: "Eu sou rebelde mesmo, e daí? Não gostou? Então #$@# ¨#*$¨% &*¨%$#@ !!" .... pode ser que resolva!
Melhor do que se fazer de vítima é agir e ver as coisas dando certo!
É tudo uma questão de ponto de vista, dá pra aprender com os erros ou tranformá-los na razão para ser um grande fracassado. É realmente só uma questão de ponto de vista.
Todo caminho leva a algum lugar, e todo mundo que pretende chegar a algum lugar segue um caminho. A diferença está entre os que se preocupam em chegar logo e os que param para admirar a paisagem e tirar fotos.
No mais é aquele ditado velho (e quase sempre clichê, mas bem certo): vivendo e aprendendo.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Respeite o momento


Julho, férias dos amigos, casa da avó, festa.
Aquela cidadezinha nunca esteve tão linda. Não, não era impressão, os dias estavam mais azuis.
O mesmo lugar, as mesmas pessoas, mas tudo muito diferente. Mudei mesmo.
Consciência ativa mas a razão estava ausente. Não me questionei nem por um centésimo de segundo o porque de muitas das coisas que fiz. Todas, sem exceção, foram boas. De algumas eu não me orgulho, mas eu fiz! Tudo muito espontâneo, muito intenso!
Família, amigos, risos, bordões, brincadeiras, pessoas, reencontros, recomeços, inícios, fins, euforia, palavra, gesto, música, muro, abraço, medo nenhum.
Um monte de coisa que eu não quero morrer tentando. Não quero nem tentar pra falar a verdade, as coisas são ou não são e ponto final.
Cada segundo extremamente bem aproveitado.
Momentos ruins tiveram, sempre tem. Não gosto da falta de respeito, e a pior falta de respeito é por si próprio. Alguém que não se respeita é obviamente incapaz de respeitas as outras pessoas. Também não gosto da banalidade com que tratam coisas sérias. Pessoas não são irrelevantes e sentimentos não são brinquedos.
Mas tudo estava tão bom e foi tão bem aproveitado que tudo que eu não gosto virou detalhe. Desapareceu.
Vi a lua nascer, depois vi o sol nascer. E vi sorrisos que me fizeram sorrir de todo o meu coração. Perdi o fôlego. Me apaixonei por tudo!
Dei meus melhores abraços, brinquei com o tempo...
Foi tudo absolutamente muito bom!
Vim embora com vontade de ficar.
Relevei as decepções e fiquei só com o que foi bom, tudo muito bem aproveitado.
Obrigada aos dois amigos e às companheiras de sempre por cada segundo.
Eu "topo"! ;)





Obs.: Feliz dia do amigo (atrasado)!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sentimento


Texto extraído do meu diário pessoal.

Patrocínio, terça-feira, 26 de maio de 2009 16:11


Sentimento.

O que mais, ou o que eu posso dizer disso que se cravou no meu peito.
Essa saudade branda dessas coisas que eu nem vivi ainda.
A lembrança do seu olhar e do seu sorriso mais sincero. São reais, e só por serem reais são incapazes de se perder, de deixar de existir.
Do amor eu não sei mais do que meia dúzia de coisas...
Não conheço muitos abraços, não sei de muitos gostos, não senti muitos rostos colados ao meu.
Eu não sei sequer como é só amar. Amor de duas pessoas, o tal do amor que queima, que arde, que dilacera, que é sublime e completo por si só.
Tenho talvez uma vaga idéia de como seja, mas não tive ainda coragem o bastante para me deixar levar por esse amor.
Essa coisa de sentimento, sentimento que palavra não traduz.Como então querer te dizer uma coisa que eu não sei, que eu não aprendi a transformar em palavras?
Como que eu vou assim, de tão longe, encontrar o seu olhar e te mostrar tudo isso que eu sinto pelo meu olhar? Como eu vou “abrir as janelas da minha alma” pra você se eu nem ao menos sei aonde posso te encontrar?
Será em meio a livros? Musicas? Pessoas?No que você vai estar pensando quando eu finalmente olhar pra você e tudo isso vier a tona?
Não vai ter escapatória. Eu não vou deixar, nem mais por um minuto, que o receio que eu tenho de te enxergar e de me deixar ser do sentimento seja mais forte do que a vontade de expandir tudo o que eu sinto.
Porque mais do que só corpo e emoção, eu sou cada lágrima de alegria que desce pela minha face enquanto eu, estranhamente, me lembro de tudo que ainda vamos viver.
Seja você ou não quem eu penso que é.
Até mesmo porque minha crença não está no que eu não vejo, mas em tudo que me faz sorrir com a alma, e então, lavar suas janelas.


Ana Victória.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Coronel


Tenho acompanhado perplexa os acontecimentos recentes no Senado.
Quando penso não ser possível mais nenhuma sujeira vinda dos "governantes" da nação, eis que surgem mais escândalos e picuinhas que eles insistem em varrer para debaixo do tapete.
A "bola da vez" é justamente o presidente da casa, José Sarney. Este ícone político brasileiro, há mais de meio século se mantém atuante no Congresso Nacional. Já foi deputado, governador, senador, presidente da república... Atualmente é senador do Amapá ( mas mantém Maranhão sob "gerência" de sua família. O clã dos Sarney se espalhou como praga em cargos públicos, ele tem filhos, netos, sobrinhos, papagaios, periquitos e peixinhos dourados ocupando por "mérito" cargos um pouco menos acessíveis a nós, os não-sarneys. Para mim, trata-se de uma família unida.), estado com o qual não tem ligação alguma. O Presidente do Senado é um senhor de "mente aberta", que construiu sua carreira política adequando sua ideologia àquilo que lhe fosse conveniente. E deu certo. São 54 anos presentes na vida dos brasileiros e brasileiras.
Cinquenta e quatro anos é muito tempo. Tempo suficiente para empregar toda sua família, contratar mordomos, comprar casas bem valorizadas...
José Sarney é um homem sem dúvida inteligente, que poderia ter entrado e permanecido pra história do país graças a seus méritos diante o povo, digno dos cargos que ocupou. Entretanto, vejo Sarney como um grande aproveitador.
O presidente do Senado é foco de uma crise com repercussão nacional, que ele diz (são palavras dele!) não ser dele e sim do senado. Meu caro, se o senhor chefia a casa, o senhor também é parte do problema.
Acompanhei nos últimos dias um movimento começado na internet, o Fora Sarney, do qual participei como pude. O objetivo do movimento está explícito no nome, aposentar de vez a criatura que venho citando desde o início deste texto. Um movimento de caráter totalmente popular que repercutiu bem e que surtiu certo efeito. Membros do senado até queriam o afastamento do homem em questão, mas o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (que um dia já foi contra Sarney), achou que não era pra tanto. Lula disse essa semana: "Eu não vejo crise, só uma divergência no Senado". Tudo bem senhor presidente, é compreensível, já que o senhor tem estado com frequência fora do país, o senhor e a Dilma. Tudo bem mesmo já que as eleições vão chegar e vocês precisam do apoio do partido do Sarney. Tudo bem outra vez já que o senhor pouco (ou nada) sabia sobre o mensalão, dinheiro em malas e cuecas, entre outras e outras e outras coisas... E no olho do furacão, ao invés de passar clareza de informação nos esclarecimentos, óbvio que o coronel Sarney preferiu não dizer nada, e ainda se viu repórter sendo agredido por seguranças do congresso!
Isso tudo em tempos de democracia!
( De.mo.cra.ci.a: s.f. Governo do povo. / Regime político que se funda na soberania popular, na liberdade eleitoral, na divisão de poderes e no controle da autoridade. )
Ok senhores, fomos trouxas, colocamos os senhores onde estão. Mas junto com o direito de atribuirmos qualquer função a vocês está o direito de vigiar e cobrar. Que a imprensa continue nos mostrando de forma clara todos os acontecimentos. E que essa chama de renascimento ideológico acesa com estes protestos se propague na mente do povo.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Início

Movida pela necessidade de expressar minhas ideias decidi criar um blog, um espaço pra falar das coisas que me ocorrem.
Eu escrevo, quem se interessar lê, quem gostar passa adiante.
Assim são as ideias, algúem as tem e divulga, quem gosta compra a ideia e passa adiante. Seria acolhedor se as pessoas fizessem isso também com a gentileza, com os sorrisos, com os abraços... Melhor ainda seria o simples gesto de agir com respeito. Sem generalizações, existem aquelas pessoas que já perderam tanto a noção de respeito que não têm nem por si próprias! Não se reservam no direito de pensar para falar falar e muito menos no direito de ouvir. Não respeitam seus próprios valores (se é que têm algum!) e atropelam os das pessoas a cercam. Vejo isso em larga escala, em todos os lugares.
Essa falta de respeito por tudo, a meu ver, deixa as pessoas egoístas, fazendo-as pensar cada vez mais em si e ignorar mais o universo em volta, e isso as transforma em seres de caráter duvidoso. É a expansão da ignorância.
Aprecio muito as pessoas que sabem ouvir, que sabem falar, que fazem boas críticas, que sabem sorrir, que reconhecem ter defeitos, que dão bom dia, que olham nos olhos. São muitas e também estão por toda parte. Gente que sabe discernir coisas, que reconhece, além de sua própria força, a força do outro, que acredita em ideais e os leva adiante. E por me identificar tanto, é nessas pessoas que eu prefiro me focar. Eu acredito na capacidade e na sensibilidade das pessoas. Tem uma frase de Gandhi que se encaixa com esses a quem eu me refiro: "Seja a mudança que você quer ver no mundo". Gosto disso, gosto muito disso!
Embora hajam tantos desarranjos, eu sou otimista. Enxergo o copo meio cheio, porque mais valor tem pra mim as boas coisas do que a pobreza de espírito de uns e outros.

Obs: fica aqui a deixa para falar sobre a atual situação do senado brasileiro. Comento isso na próxima postagem.

Abraço...