quinta-feira, 23 de julho de 2009

Respeite o momento


Julho, férias dos amigos, casa da avó, festa.
Aquela cidadezinha nunca esteve tão linda. Não, não era impressão, os dias estavam mais azuis.
O mesmo lugar, as mesmas pessoas, mas tudo muito diferente. Mudei mesmo.
Consciência ativa mas a razão estava ausente. Não me questionei nem por um centésimo de segundo o porque de muitas das coisas que fiz. Todas, sem exceção, foram boas. De algumas eu não me orgulho, mas eu fiz! Tudo muito espontâneo, muito intenso!
Família, amigos, risos, bordões, brincadeiras, pessoas, reencontros, recomeços, inícios, fins, euforia, palavra, gesto, música, muro, abraço, medo nenhum.
Um monte de coisa que eu não quero morrer tentando. Não quero nem tentar pra falar a verdade, as coisas são ou não são e ponto final.
Cada segundo extremamente bem aproveitado.
Momentos ruins tiveram, sempre tem. Não gosto da falta de respeito, e a pior falta de respeito é por si próprio. Alguém que não se respeita é obviamente incapaz de respeitas as outras pessoas. Também não gosto da banalidade com que tratam coisas sérias. Pessoas não são irrelevantes e sentimentos não são brinquedos.
Mas tudo estava tão bom e foi tão bem aproveitado que tudo que eu não gosto virou detalhe. Desapareceu.
Vi a lua nascer, depois vi o sol nascer. E vi sorrisos que me fizeram sorrir de todo o meu coração. Perdi o fôlego. Me apaixonei por tudo!
Dei meus melhores abraços, brinquei com o tempo...
Foi tudo absolutamente muito bom!
Vim embora com vontade de ficar.
Relevei as decepções e fiquei só com o que foi bom, tudo muito bem aproveitado.
Obrigada aos dois amigos e às companheiras de sempre por cada segundo.
Eu "topo"! ;)





Obs.: Feliz dia do amigo (atrasado)!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sentimento


Texto extraído do meu diário pessoal.

Patrocínio, terça-feira, 26 de maio de 2009 16:11


Sentimento.

O que mais, ou o que eu posso dizer disso que se cravou no meu peito.
Essa saudade branda dessas coisas que eu nem vivi ainda.
A lembrança do seu olhar e do seu sorriso mais sincero. São reais, e só por serem reais são incapazes de se perder, de deixar de existir.
Do amor eu não sei mais do que meia dúzia de coisas...
Não conheço muitos abraços, não sei de muitos gostos, não senti muitos rostos colados ao meu.
Eu não sei sequer como é só amar. Amor de duas pessoas, o tal do amor que queima, que arde, que dilacera, que é sublime e completo por si só.
Tenho talvez uma vaga idéia de como seja, mas não tive ainda coragem o bastante para me deixar levar por esse amor.
Essa coisa de sentimento, sentimento que palavra não traduz.Como então querer te dizer uma coisa que eu não sei, que eu não aprendi a transformar em palavras?
Como que eu vou assim, de tão longe, encontrar o seu olhar e te mostrar tudo isso que eu sinto pelo meu olhar? Como eu vou “abrir as janelas da minha alma” pra você se eu nem ao menos sei aonde posso te encontrar?
Será em meio a livros? Musicas? Pessoas?No que você vai estar pensando quando eu finalmente olhar pra você e tudo isso vier a tona?
Não vai ter escapatória. Eu não vou deixar, nem mais por um minuto, que o receio que eu tenho de te enxergar e de me deixar ser do sentimento seja mais forte do que a vontade de expandir tudo o que eu sinto.
Porque mais do que só corpo e emoção, eu sou cada lágrima de alegria que desce pela minha face enquanto eu, estranhamente, me lembro de tudo que ainda vamos viver.
Seja você ou não quem eu penso que é.
Até mesmo porque minha crença não está no que eu não vejo, mas em tudo que me faz sorrir com a alma, e então, lavar suas janelas.


Ana Victória.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Coronel


Tenho acompanhado perplexa os acontecimentos recentes no Senado.
Quando penso não ser possível mais nenhuma sujeira vinda dos "governantes" da nação, eis que surgem mais escândalos e picuinhas que eles insistem em varrer para debaixo do tapete.
A "bola da vez" é justamente o presidente da casa, José Sarney. Este ícone político brasileiro, há mais de meio século se mantém atuante no Congresso Nacional. Já foi deputado, governador, senador, presidente da república... Atualmente é senador do Amapá ( mas mantém Maranhão sob "gerência" de sua família. O clã dos Sarney se espalhou como praga em cargos públicos, ele tem filhos, netos, sobrinhos, papagaios, periquitos e peixinhos dourados ocupando por "mérito" cargos um pouco menos acessíveis a nós, os não-sarneys. Para mim, trata-se de uma família unida.), estado com o qual não tem ligação alguma. O Presidente do Senado é um senhor de "mente aberta", que construiu sua carreira política adequando sua ideologia àquilo que lhe fosse conveniente. E deu certo. São 54 anos presentes na vida dos brasileiros e brasileiras.
Cinquenta e quatro anos é muito tempo. Tempo suficiente para empregar toda sua família, contratar mordomos, comprar casas bem valorizadas...
José Sarney é um homem sem dúvida inteligente, que poderia ter entrado e permanecido pra história do país graças a seus méritos diante o povo, digno dos cargos que ocupou. Entretanto, vejo Sarney como um grande aproveitador.
O presidente do Senado é foco de uma crise com repercussão nacional, que ele diz (são palavras dele!) não ser dele e sim do senado. Meu caro, se o senhor chefia a casa, o senhor também é parte do problema.
Acompanhei nos últimos dias um movimento começado na internet, o Fora Sarney, do qual participei como pude. O objetivo do movimento está explícito no nome, aposentar de vez a criatura que venho citando desde o início deste texto. Um movimento de caráter totalmente popular que repercutiu bem e que surtiu certo efeito. Membros do senado até queriam o afastamento do homem em questão, mas o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (que um dia já foi contra Sarney), achou que não era pra tanto. Lula disse essa semana: "Eu não vejo crise, só uma divergência no Senado". Tudo bem senhor presidente, é compreensível, já que o senhor tem estado com frequência fora do país, o senhor e a Dilma. Tudo bem mesmo já que as eleições vão chegar e vocês precisam do apoio do partido do Sarney. Tudo bem outra vez já que o senhor pouco (ou nada) sabia sobre o mensalão, dinheiro em malas e cuecas, entre outras e outras e outras coisas... E no olho do furacão, ao invés de passar clareza de informação nos esclarecimentos, óbvio que o coronel Sarney preferiu não dizer nada, e ainda se viu repórter sendo agredido por seguranças do congresso!
Isso tudo em tempos de democracia!
( De.mo.cra.ci.a: s.f. Governo do povo. / Regime político que se funda na soberania popular, na liberdade eleitoral, na divisão de poderes e no controle da autoridade. )
Ok senhores, fomos trouxas, colocamos os senhores onde estão. Mas junto com o direito de atribuirmos qualquer função a vocês está o direito de vigiar e cobrar. Que a imprensa continue nos mostrando de forma clara todos os acontecimentos. E que essa chama de renascimento ideológico acesa com estes protestos se propague na mente do povo.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Início

Movida pela necessidade de expressar minhas ideias decidi criar um blog, um espaço pra falar das coisas que me ocorrem.
Eu escrevo, quem se interessar lê, quem gostar passa adiante.
Assim são as ideias, algúem as tem e divulga, quem gosta compra a ideia e passa adiante. Seria acolhedor se as pessoas fizessem isso também com a gentileza, com os sorrisos, com os abraços... Melhor ainda seria o simples gesto de agir com respeito. Sem generalizações, existem aquelas pessoas que já perderam tanto a noção de respeito que não têm nem por si próprias! Não se reservam no direito de pensar para falar falar e muito menos no direito de ouvir. Não respeitam seus próprios valores (se é que têm algum!) e atropelam os das pessoas a cercam. Vejo isso em larga escala, em todos os lugares.
Essa falta de respeito por tudo, a meu ver, deixa as pessoas egoístas, fazendo-as pensar cada vez mais em si e ignorar mais o universo em volta, e isso as transforma em seres de caráter duvidoso. É a expansão da ignorância.
Aprecio muito as pessoas que sabem ouvir, que sabem falar, que fazem boas críticas, que sabem sorrir, que reconhecem ter defeitos, que dão bom dia, que olham nos olhos. São muitas e também estão por toda parte. Gente que sabe discernir coisas, que reconhece, além de sua própria força, a força do outro, que acredita em ideais e os leva adiante. E por me identificar tanto, é nessas pessoas que eu prefiro me focar. Eu acredito na capacidade e na sensibilidade das pessoas. Tem uma frase de Gandhi que se encaixa com esses a quem eu me refiro: "Seja a mudança que você quer ver no mundo". Gosto disso, gosto muito disso!
Embora hajam tantos desarranjos, eu sou otimista. Enxergo o copo meio cheio, porque mais valor tem pra mim as boas coisas do que a pobreza de espírito de uns e outros.

Obs: fica aqui a deixa para falar sobre a atual situação do senado brasileiro. Comento isso na próxima postagem.

Abraço...